[Nota do Courage Brasil: O que o Dr. Van den Aardweg está propondo como caminho para que a pessoa com atração pelo mesmo sexo (AMS) viva a castidade não é nada mais do que o que o Courage propõe na suas 5 metas. Se você é um católico que tem essa cruz, entre em contato conosco e venha fazer parte desse caminho que São João Paulo II disse ser um trabalho de Deus]

Courage International, Inc. é um apostolado da Igreja Católica, fundado em 1980 pelo padre John F. Harvey, presente no Brasil e em outros países, que oferece apoio pastoral a homens e mulheres que tem atração pelo mesmo sexo e que tenham escolhido viver uma vida casta. Em 28 de novembro de 2016 Courage International recebeu o status canônico na Igreja Católica de associação pública clerical de fiéis, fazendo-o o único apostolado canonicamente aprovado de sua espécie.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
[FH] Como um homossexual pode viver a castidade - Entrevista com Dr. Gerard van den Aardweg
Reapresentamos esta entrevista, muito atual diante dos últimos acontecimentos, do Dr. Gerard
J.M. van den Aardweg, holandês, Doutor em Psicologia pela Universidade de
Amsterdã. O referido doutor é especialista em terapia para homossexualidade e conta uma ampla
experiência profissional neste campo. Atualmente exerce a psicoterapia em
Aerdenhout (Holanda). Ministrou cursos no Brasil e publicou
numerosas publicações científicas na Europa e nos Estados Unidos.A entrevista, realizada por Carmen
Montón foi publicada em espanhol na "Revista Palabra", da Espanha, nº nº
442-443, abril 2001. Agradecemos ao irmão J.A.S.P. que nos ofereceu generosamente a tradução. Os grifos e negritos são nossos e o original pode ser lido aqui.
Carmen
Montón (CM) – Doutor Aardweg. Um de seus livros leva o título “Homossexualidade e
Esperança”, o que você pretende indicar com a segunda palavra?
Gerard Van den Aardweg (GVA) – Esperança faz referência a atitude interior de quem lida com
sentimentos homossexuais. Geralmente se sentem deprimidos, ainda que o ocultem
dizendo da boca para fora: "eu me aceito tal como sou". Felizes, de
verdade, nunca o são.
[A palavra] "gay" significa originalmente alegre, animado, porém a palavra perdeu este
significado desde que passou a ser usada para o estilo de vida homossexual.
Agora a palavra passa a ter o significado de uma alegria afetada, artificial;
chega quase ao exibicionismo. Basta olhar como exemplo as Paradas Gays, ou os
Jogos Olímpicos de 1999 em Amsterdã para eles. Enquanto que, para os meios de
comunicação, são acontecimentos divertidos, aos olhos do público são uma espécie
de exibicionismo infantil que dá pena. A alegria do gay é parecida em parte com
a do alcoólatra.
SEXUALIDADE NEURÓTICA
GVA – O designer de moda alemão Wolfgang Joop, homossexual, afirmava em tom
cínico em uma entrevista à revista Der Spiegel: "Este é um estilo de vida
que cria vícios e, também uma espécie de frieza. Como não se está satisfeito
aumenta a dose e, em consequência, se multiplicam as frustrações".
Quem se identifica com sua presente natureza homossexual pode sentir um
certo alívio, mas desde já se acorrenta à sua sexualidade neurótica. Por isso,
o caminho contrário, a busca da verdade sobre si mesmo sem deixar-se arrastar
por um derrotismo do "eu sou assim", é um caminho de esperança.
A ideia fica mais clara se considerarmos que os desejos homossexuais tem
raízes em depressões que vem da juventude: sentimentos de solidão, complexo de
inferioridade com relação a identidade sexual, sentimentos de autodramatização. Todo o contrário à esperança.
Tem de se dissipar toda a nuvem de fatalismo que envolve a
homossexualidade: se está nos genes, ou se é uma variante a mais da
sexualidade, ou se não se pode mudar. São slogans de propaganda. O
convencimento de que não pesa sobre alguém um determinismo hereditário oferece
perspectivas de esperança.
SOBRE A ORIGEM
CM –Então, a homossexualidade não é hereditária.
GVA – Não. Inclusive a ideia de
que haja fatores hereditários que simplesmente predisponham à inclinação
homossexual é puramente especulativa.
CM – Há situações familiares ou
hábitos educativos que favorecem a tendência homossexual?
GVA – Claro. Nas crianças, a conhecida relação com uma mãe
superprotetora, dominante; ou com um pai psicologicamente distante, ou
demasiado crítico, ou pouco viril, ou que não o dá atenção em favor de seus
irmãos.
Para que a filha ou o filho se identifiquem com seu próprio sexo também
pode ser ruim que o pai ou mãe não se sintam à vontade com sua condição
masculina ou feminina. Os pais tratam a filha como se fosse um filho, ou
vice-versa, de modo que sejam ou se sintam desaprovados ou não desejados como o
que são na realidade.
A família é importante, mas muitas vezes o são todavia mais os contatos
com companheiros do mesmo sexo. A maioria dos homossexuais dizem ter se sentido
excluídos em sua infância ou juventude por seus companheiros, na hora de julgar
ou de realizar atividades. Ao menos, assim o sentem: é um complexo de
marginalização, de não haver sido aceitos.
TRANSTORNO PSICOLÓGICO
CM – A Associação Americana de Psiquiatria (APA) excluiu em 1973 a
homossexualidade da lista de transtornos e passou a chamá-la de condição. Quais
foram as consequências de tal medida?
GVA – Exatamente as que
pretendiam quem impôs essa mudança na APA. Era um grupo de homossexuais militantes.
A mudança foi feita inclusive contra a opinião dos psiquiatras. Uma votação que
se realizou imediatamente depois demonstrou que 70% dos profissionais seguiam
considerando a homossexualidade como um transtorno. Mas a campanha e as
intimidações instrumentalizaram o Conselho de direção. Foi uma decisão
antidemocrática e anticientífica.
A partir de então as universidades não se atrevem a pensar de outro modo
e as terapias são um tabu. O que a psiquiatria americana pensava era então
normal no mundo, e na atualidade quase o mesmo.
Desde aquele momento a homossexualidade se politizou. Hoje em dia, os
governos promovem sua inclusão nas aulas de educação sexual nos colégios. A
epidemia de AIDS poderia ter sido controlada em grande parte do Ocidente, se
continuassem a considerar a promiscuidade entre homossexuais como algo
patológico.
FELICIDADE FALSA
CM – É verdade que a felicidade
de um par homossexual é igual a de um homem com uma mulher?
GVA – Um mexicano me contou que
em uma novela de seus país aparecem pares heterossexuais com problemas, infiéis
e separados. No meio desse caos, há uma espécie de oásis: um par de
homossexuais carinhosos, a quem todo mundo vem pedir conselho.
A realidade é exatamente a contrária. Os pares de homossexuais se rompem
com muita frequência. Uma investigação alemã mostra que 60% dessas relações
duram um ano, e apenas 7% superam os cinco anos. Isto também o reconhecem os
defensores dos direitos homossexuais.
A imagem do par de homossexuais felizes, como espelho do matrimônio, é uma
mentira com fins propagandísticos. Suas relações e contatos são neuróticos.
Entre eles não são exceção a infidelidade, o ciúme, a solidão e a depressão.
Para ter uma ideia melhor, em vez de olharmos para os
meios de comunicação servem autobiografias de homossexuais e romances escritos
por eles, aonde se vê que suas vidas estão longe de uma situação ideal.
INICIATIVAS DE AJUDA
CM – Existem lobbies homossexuais. Há por acaso
também grupos que se unam para ajudar-se a viver honestamente ou para superá-la?
GVA –Existem pequenos grupos de homossexuais
cristãos que se ajudam a não praticar sua homossexualidade. Em toda a América
há experiências muito esperançosas.
Para católicos, o Padre John Harvey fundou o grupo Courage. Não buscam a terapia, senão viver conforme a doutrina da Igreja. Vale
a pena seguir esta iniciativa, que tem 20 anos de iniciativa. Como a
homossexualidade é um problema psíquico e moral, qualquer apoio espiritual
significa melhora na condição básica de toda a homossexualidade.
VIVER A CASTIDADE
CM – Como um homossexual pode viver a
castidade?
GVA – Para começar tem que desejá-la, tem que se
convencer de que a castidade é um ideal possível e vantajoso. Desgraçadamente,
em nada se facilita esse alvo hoje em dia. Faz-se propaganda do impuro. Nas
escolas introduzem a todos na prática da impureza; apenas se planta o ideal da
castidade.
Os homossexuais e lésbicas com motivações religiosas
são, sobre tudo, aqueles que querem viver a castidade. Como? Evitando os
contatos, os locais de encontro. Lutando contra a masturbação, não cedendo às
fantasias sexuais, vencendo a curiosidade na internet ou nas publicações
pornográficas. Buscando ajuda e, no tempo livre, fomentando atividades
saudáveis e boas companhias.
[Nota do Courage Brasil: O que o Dr. Van den Aardweg está propondo como caminho para que a pessoa com atração pelo mesmo sexo (AMS) viva a castidade não é nada mais do que o que o Courage propõe na suas 5 metas. Se você é um católico que tem essa cruz, entre em contato conosco e venha fazer parte desse caminho que São João Paulo II disse ser um trabalho de Deus]
[Nota do Courage Brasil: O que o Dr. Van den Aardweg está propondo como caminho para que a pessoa com atração pelo mesmo sexo (AMS) viva a castidade não é nada mais do que o que o Courage propõe na suas 5 metas. Se você é um católico que tem essa cruz, entre em contato conosco e venha fazer parte desse caminho que São João Paulo II disse ser um trabalho de Deus]
PAPEL DO SACERDOTE
CM – O que pode significar a
ajuda de um sacerdote para um homossexual?
GVA – Os sacerdotes podem fazer
mais do que frequentemente pensam. Por exemplo: explicar o ideal da castidade,
frente ao egocêntrico e deprimente efeito da impureza. Também, falar da
castidade como condição para uma emotividade madura e um amor verdadeiro,
frente à impureza como costume infantilizante, que se encerra no egoísmo e
bloqueia o crescimento interior.
O sacerdote pode apoiar com sua compreensão, animando ao afligido e
mantendo um contato constante. Os costumes sexuais muito arraigados são como a
dependência ao álcool.
O viciado em sexo – tanto homossexual como heterossexual – muitas vezes
se deleita no prazer, ainda que queira deixá-lo, e a lamentação sobre seu caso
é maior que o esforço por sair da situação. Por isso, é muito necessário
aproximar-lhe Deus, para que reflita sobre o que espera dele e sua situação. É
necessário ajudá-lo a escutar sua consciência, seus sentimentos mais puros e
profundos, e que sejam estes a diretriz para suas próprias decisões.
FIGURA DO PAI
CM – Antes você mencionou o
comportamento inadequado dos pais como favorecedor da homossexualidade no
filho. Pode um padre fazer-se seu pai para ajudar a corrigir essa inclinação?
GVA – Não só pode, mas eu
gostaria de enfatizar a importância de que os homossexuais vejam o sacerdote
como pai.
Em termos psicológicos, pai significa proteção, apoio, apreciação,
interesse; mas também a fortaleza, a direção, a ousadia de corrigir, exigir. Os
homossexuais, homens e mulheres, precisam de uma figura paterna, que muitas
vezes faltou em sua juventude. Não um pai para seguir sendo uma criança
dependente, mas um pai para ajudá-los a seguir seu caminho, para continuar
lutando.
Outro problema com essas pessoas é a sua solidão interior e social. Eles
precisam de uma figura paterna para perseverar em uma luta nada fácil. Devemos
incentivá-los a serem abertos, para saírem de si mesmos, a não buscar interesse
e atenção só para si.
APRENDER A AMAR
CM – Pode-se dizer que o que eles
realmente precisam é aprender a amar?
GVA – Certamente. Muitos
neuróticos, tanto homo e heterossexuais, são muito egocêntricos. Em uma
ocasião, um homossexual casado, com tendências suicidas, concluiu que não
queria nada, nem mesmo seus filhos. Interessou-se em pequenas coisas do
cotidiano e a mostrá-lo a sua esposa e filhos com detalhes concretos. Depois de
alguns meses ele começou a sentir-se menos deprimido e perceber que as suas
fantasias sexuais eram menos fortes, mesmo que seu esforço não se dirigisse
para si.
Também neste aspecto pode o sacerdote fazer muito pelos homossexuais,
ajudando no crescimento das virtudes: amor e preocupação com os outros;
sinceridade contra o enganar-se a si, que é geralmente muito forte nas
obsessões sexuais; força e coragem para superar a preguiça e covardia. Também é
aconselhável fazê-los pensar sobre sua própria missão na vida. Temos que fazer
que o desejo de uma vida reta saia do mais profundo da pessoa.
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Muito bom o texto. De coração, espero que muitos que procuram ajuda possam entender algo que percebi muito fortemente mim, como alguém que sofre atração pelo mesmo sexo: uma grande tristeza acompanhada de uma letargia, uma preguiça, uma covardia que não me deixa crescer como ser emocionalmente maduro. É uma infantilidade, um medo para encarar as coisas da vida... Apesar de muito tarde para mim, mas pedi a Deus cura e Ele me apresentou esse site. Deus abençoe todos os que trabalham nesse apostolado.
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