PROBLEMAS PASTORAIS
ESPECÍFICOS
Da maneira
mais breve possível, eu gostaria
de apresentar sugestões
para situações pastorais específicas. A primeira
está relacionada aos pais que querem tanto saber como lidar com o problema
da tendência homossexual, como prevenir sua ocorrência na vida familiar
(estou basicamente restringindo meu conselho a pais e parentes de pessoas com AMS). Com frequência, as pessoas com AMS não revelam suas atrações por pessoas do mesmo sexo até que estejam na fase adulta. Por boas razões,
alguns nunca admitem. Os pais normalmente reagem com frases tais como: “O que eu fiz de errado para que meu filho
ou filha seja gay?”
A melhor resposta
pastoral é dar aos pais consolo.
Normalmente eles não estão tranquilos. Certamente, de modo nenhum os pais estavam conscientes de que talvez, e somente talvez, alguma coisa em seu relacionamento com o filho ou a filha era distorcido, e que isso contribuiu para o desenvolvimento da tendência
homossexual na criança. Por que, então, dever-se-ia sobrecarregar os pais com teorias sobre os fatores que causam a homossexualidade? A única abordagem
prudente e honesta
é apontar que ninguém
sabe o que causou a homossexualidade
em seu filho.
Depois de reduzir o quociente
de culpa na mente desses pais, o próximo passo é aprender
a aceitar a condição homossexual de seu filho ou filha sem repressões morais. O filho sabe que o estilo de vida que ele ou ela está vivendo
não está de acordo com o que ouve nos ensinamentos morais, e não fará bem denunciar
isso para ele
ou ela. Isso não significa,
entretanto, que os pais devem aprovar
seu estilo de vida ou comportamento homossexual de modo a manter o amor de
seu filho. Eles podem dizer que, de um lado, eles sempre irão amá-lo como seu filho, mas, de outro lado, eles desaprovam
seu modo de vida. Não é aconselhável continuar a conversa
além disso. Como adultos
que são, o jovem ou a jovem sabem que são
livres para procurar aconselhamento, mas não é sábio apressar
um filho a falar com um amigo padre em
especial, o qual os pais pensam
que irá dissuadir
o filho ou filha de seu modo de
agir (o padre pode até fazê-lo
ou fazê-la confirmar
a tendência). Por mais ansiosos que os pais estejam
para dar esse conselho, é simplesmente melhor mostrar a seus filhos que eles, pais, realmente o amam, mesmo que eles não aprovem
o estilo de vida homossexual. Os pais deveriam continuar a ter contato com seu filho ou filha, sempre rezando
por uma mudança no coração
deles.
CRIANÇAS E ORIENTAÇÕES
George Rekers e Dom Schmeierer escreveram muito bem sobre maneiras
de prevenir a homossexualidade em crianças. Seus livros cobrem muitos critérios de fatores que levam à atração pelo mesmo sexo. Além disso, podem-se
fazer algumas sugestões baseadas nos estudos dos antecedentes de muitas pessoas
que lidam com atração pelo mesmo sexo. Primeiro, o menino em crescimento precisa se identificar ou com seu pai ou com outra pessoa significativa do sexo masculino
em sua vida. Da mesma forma, a menina em crescimento deve se identificar com sua mãe. Em casas onde só existe o pai ou a mãe, nota-se a falta de um homem significativo com quem o filho em crescimento pode se identificar. A criança
deve, entretanto, se identificar com outra pessoa significativa do sexo masculino fora de casa, e nesse caso se espera
que ele se desenvolva como heterossexual.
Em segundo lugar, a mãe nessa casa deve evitar ser superprotetora, ou seja, se aproximar tanto de seu filho de modo que ele não possa ter uma vida própria.
Naturalmente, tanto em situações
de divórcio ou em lares em que o pai não está presente para os filhos, e normalmente também não para a mãe, a mãe tende a preencher
esse vazio. Isso pode levar a um tipo de relacionamento com o filho que, por sua vez, pode
conduzir a tendências homossexuais.
Em terceiro, os pais devem dar atenção ao comportamento de seus
filhos desde o início do período pré-escolar. Um menino que não participa de jogos de lógica ou esportes com seus amigos, que está constantemente sendo protegido por sua mãe da “maldade” da vizinhança, e que é mencionado nos livros com alto rendimento acadêmico, tem algumas das características encontradas nas pessoas com AMS.
Um ponto que deve ser destacado
é que todas as três condições
juntas constituem a possibilidade de desenvolvimento
de tendência homossexual masculina.

Pode-se sugerir que poucas pessoas com AMS
vêm de lares onde
os pais, por
amor mútuo, criaram uma atmosfera
de cuidado para cada um dos filhos. Como Irving Bieber observou, depois que ele e seus associados fizeram um estudo de 101 homens com AMS, nenhum deles veio de uma casa em que existia um relacionamento feliz entre o pai e a mãe (Homosexuality: A Psychoanalytic Study*, New York, Basic Books, 1962). Seriamos sábios se ajudássemos casais recém-casados a aprender
como amar de modo verdadeiro um ao outro e a seus filhos. Então ambos os pais terão cuidado de se tratar com amor, respeito
e afeição na presença
dos filhos, e eles saberão como levar seus filhos a se afirmar como masculinos ou femininos.
(Padre John Francis Harvey OSFS - Atração pelo mesmo sexo: ensinamento católico e prática pastoral)
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